Resenha | Um milhão de mundos com você (Firebird #3), de Claudia Gray

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Escritora: Claudia Gray
Editora: Harpercollins
Páginas: 320


SINOPSE: "O destino do multiverso está nas mãos de Marguerite Caine. Ela está no âmago de uma disputa multidimensional desde que viajou pela primeira vez com o Firebird, a invenção revolucionária dos seus pais. Paul Markov sempre esteve ao lado de Marguerite em suas viagens dimensionais, mas o último golpe da perversa Triad deixou sequelas. Cabe a Marguerite enfrentar a Triad e evitar a destruição dos multiversos... sozinha. Bilhões de vidas estão em perigo. Os riscos nunca foram tão altos.
Nesta épica conclusão da trilogia Firebird, todas as certezas serão questionadas: destino, família, amor... e o multiverso será transformado para sempre."


Para quem não conhece a trilogia, ela é narrada no ponto de vista de Marguerite. Os pais são cientistas e criaram um Firebird. Mas para que serve? Ele faz viagens entre dimensões. E é nisso que os livros gira em torno.

Quando você viaja para outro universo, há outra pessoa de você; vivendo uma vida completamente diferente da sua. Ou seja, existe uma Marguerite em cada multiverso. E quando ela chega nesse novo universo, a versão dela, daquele local, fica adormecida. Confuso? Somente no começo.


"Porque tudo que pode acontecer, de fato, acontece. Toda vez que fazemos uma escolha, ou toda vez em que a sorte decide alguma coisa, aquela realidade se divide em duas. Isso acontece desde sempre, e sempre vai acontecer." (pág. 13)

Em mil pedaços de você↫ conta como funcionam essas viagens, como tudo começou; já no segundo livro, dez mil céus sobre você↫, sabendo como Firebird funciona e como tudo pode ocorrer, Marguerite viaja novamente pelas dimensões para recuperar os fragmentos e procurar curas.

Após o final bombástico de "dez mil céus sobre você", Marguerite vai ter que lutar com todas as suas forças e encarar todos os universos para resolver todos os problemas que aconteceram nessas viagens interdimensionais.


"Mas não se supera uma tristeza negando a existência dela. É preciso senti-la. Temos que dar a ela o lugar que lhe é direito. Às vezes isso significa fazer o oposto de "seguir em frente". Às vezes é preciso mergulhar nas profundezes da tristeza, reviver cada momento terrível e sobreviver à tortura de se perguntar como poderia ter sido... e como será. É preciso deixar sangrar para que o coração volte a bater." (pág. 67)

Os universos serão destruídos; o destino dos multiversos está nas mãos de Marguerite. Ela conseguiu recuperar os fragmentos e descobrir as curas junto com Theo e Paul, mas agora muitas vidas estão em jogo e somente Marguerite será capaz de salvar a todos e também salvar a si mesma.



Sabe quando você ama infinitamente uma trilogia e não encontra palavras para descrevê-la? Sou eu fazendo essa resenha. Eu amei tanto esse livro, assim como os anteriores, que desejo que todos tenham oportunidade em conhecer esses livros maravilhosos.


"Às vezes a memória do horror é pior que o próprio horror. Você só experimenta o trauma uma vez, mas a memória pode durar para sempre. A memória nunca te deixa." (pág. 81)

Quando iniciei essa trilogia achei que seria confuso entender esses multiversos, mas não. A escrita da Claudia é tão boa que fica fácil se adaptar no enredo, de compreender quando é o personagem do universo principal e quando é do universo visitado.

Eu esperava um final um pouco diferente para "um milhão de mundos com você". O livro realmente é bombástico! Muitas vezes me vi prendendo a respiração, completamente apreensiva e ansiosa para saber o que iria acontecer no capítulo seguinte. Porém os últimos capítulos foram corridos demais e tudo resolvido "magicamente". Acredito que a autora poderia ter explorado um pouco mais, nem que isso levasse a mais páginas.


"As músicas e os filmes dizem que, quando você encontra o amor da sua vida, e como se o planeta parasse de girar, as nuvem se abrissem e seu coração começasse a cantar. A realidade, no entanto, é mais confusa que isso. Na verdade, conhecemos pessoas novas o tempo todo, mas não sabemos com certeza qual vai ser a importância delas na nossa vida. A gente nunca sabe de quem vai esquecer ou de quem vai precisar para sempre." (pág. 120)

Exceto isso, elogios e mais elogios para essa fantástica trilogia. Eu realmente amei todos os livros. Se vocês conferirem as resenhas anteriores vão entender essa emoção que senti com cada um deles. Ah, realmente foi a melhor experiência que já tive com esse gênero.

Ler essa trilogia foi uma experiência única; ler uma ficção científica com aquela pitadinha de romance foi incrível. São aqueles livros que prende o leitor, que instiga a continuar e faz querer mais. Já estou sentindo saudade de viajar entre as dimensões com a Marguerite.


"Que irônico: a gente só consegue entender o quanto queremos ter uma pessoa por perto quando nos afastamos, ou quando elas se afastam." (pág. 168)

Acho que nem preciso dizer o quanto recomendo essa trilogia, não é mesmo? Leiam! Apaixonem-se pela escrita da Claudia; apaixonem-se por todos os Paul e Theo de todos os universos; viva essa emoção junto com Marguerite.


MAIS QUOTES

"Nossas escolhas importam mais do que qualquer outra coisa." (pág. 216)

"Se você se sente amado, se sabe que é amado, algo profundo e precioso dentro de você vai sempre estar seguro. Se você não tem esse amor, ou não sabe que tem, acaba vulnerável. Desprotegido. Exposto a toda a dureza e a todo horror do mundo." (pág. 236)

"Não existe nenhuma promessa de que vamos ficar juntos ou algo do tipo. Mas, dimensão após dimensão, mundo após mundo, o destino não é nenhum tipo de profecia mística, sei disso. O destino é o que fazemos com essa chance." (pág. 256)

"A todo momento, todos os dias, estamos sempre criando alguma coisa - seja ciência ou arte, um relacionamento ou o próprio destino -, construindo pouco a pouco com as nossas escolhas, a todo momento. Nossas decisões moldam o nosso mundo e os mundos das outras pessoas. Somos o centro do nosso próprio universo, e cada um de nós está também à órbita de outras pessoas. É um paradoxo, mas às vezes é nos paradoxos que a verdade reside." (pág. 318)

Avaliação: ❤❤❤❤❤

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