Resenha | Cidades de papel, de John Green

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Escritor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 368
Sinopse: "Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. 
Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia."
"Isso sempre me pareceu tão ridículo, que as pessoas pudessem querer ficar com alguém só por causa da beleza. É como escolher o cereal de manhã pela cor, e não pelo sabor." (pág. 47)
Quando a história começa, conhecemos Quentin, um estudante nerd, e Margo, sua amiga de infância e vizinha, é popular e adorada por todos. Em uma certa noite, Margo invade seu quarto pela janela e o convida para viver uma aventura - mal ele sabe que isso será o começo de tudo. O objetivo de Margo é se vingar do namorado que a traia e de alguns amigos que sabiam da traição e nunca contaram. Para isso, ela precisava de Quentin para ser o seu "motorista particular." 

A aventura se mostra um sucesso para os dois e Quentin tem a esperança de que no dia seguinte tudo estará diferente entre os dois, mas não é assim que acontece: Margo está desaparecida. Os pais acham que é uma forma dela chamar atenção, mas Quentin não enxerga desta forma.
"Senti cansaço pela primeira vez e pensei em nós dois deitados juntos na grama do SeaWorld, eu de costas, ela de lado com o braço em volta de mim, a cabeça em meu ombro, me olhando. Sem fazer nada - só deitados ali, juntos, sob o céu, a noite tão clara a ponto de ofuscar as estrelas. E talvez eu sentisse a respiração dela junto ao meu pescoço, e talvez a gente pudesse ficar ali até o dia seguinte, e então as pessoas caminhariam por nós no parque, nos veriam e pensariam que éramos apenas turistas também, e nós poderíamos desaparecer no meio delas." (pág. 91)
Quentin começa a perceber pistas deixadas para trás por Margo que somente ele é capaz de desvendar. Ele acha que o pior pode ter acontecido com ela, então ele e seus amigos Radar, Ben e Lacey vão à procura de Margo.
"Na última vez que senti tanto medo, foi porque tive que enfrentar o Lorde das Trevas para tornar o mundo um local seguro para os bruxos." (pág. 168)
"É muito difícil para qualquer um mostrar a nós como somos de fato, e é muito difícil para nós mostrarmos aos outros o que sentimos." (pág. 227)
Ele faz coisas que jamais faria em circunstâncias normais, como por exemplo: faltar nas aulas, inventar que está doente, invadir algumas propriedades abandonadas e dirigir acima da velocidade permitida. Esses acontecimentos faz com que ele perceba o mundo de uma forma diferente. 
"Ir embora é uma sensação boa e pura apenas quando você abandona uma coisa importante, algo que tinha um significado. Arrancando a vida pela raiz. Mas só se pode fazer isso quando sua vida já criou raízes." (pág. 267)
Conforme a leitura vai fluindo, você fica curioso em saber a localização de Margo. E conforme as pistas vão aparecendo e se encaixando, você fica ansioso em saber como ela está e como isso irá terminar. Quando a pista final aparece, você acaba percebendo o quanto Margo é egoísta. 

No final, é possível perceber que somos que nem Quentin: imaginamos a pessoa da forma que desejamos e acabamos nos decepcionando por isso. 

"- Você não está preocupada com o... para sempre?
- O para sempre é composto de agoras." (pág. 351)
"Mas as coisas vão acontecendo... as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos... e nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros." (pág. 358)
Avaliação: ♥ ♥ ♥ 

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