Resenha | Dez coisas que aprendi sobre o amor, de Sarah Butler

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Escritora: Sarah Butler
Editora: Novo Conceito
Páginas: 254
Sinopse: "Por quase 30 anos, quando a brisa de Londres torna-se mais quente, Daniel caminha pelas margens do Tâmisa e senta-se em um banco. Entre as mãos, tem uma folha de papel e um envelope em que escreve apenas um nome, sempre o mesmo. Ele lista também algumas coisas: os desejos e o que gostaria de falar para sua filha, que nunca conheceu.
Alice tem 30 anos e sente-se mais feliz longe de casa, sob um céu estrelado, rodeada pela imensidão do horizonte, em vez de segura entre quatro paredes. Londres está cheia de memória de sua mãe que se fora muito cedo, deixando-a com uma família que ela não parece fazer parte. Agora, Alice está de volta porque seu pai está morrendo. Ela só pode dar-lhe um último adeus.
Alice e Daniel parecem não ter nada em comum, exceto o amor pelas estrelas, cores e mirtilos. Mas, acima de tudo, o hábito de fazer lista de dez coisas que o tornam tristes ou felizes."
"Uma vez que tenha me apaixonado, acho quase impossível me desapaixonar; aprendi isso sobre mim mesmo. Não é algo que torne a vida mais fácil." (pág. 15) 

 O livro é dividido por dois pontos de vista: Daniel e Alice. E cada capítulo começa narrando dez coisas que cada um sente-se feliz ou triste. É narrado em primeira pessoa, deixando-o completamente envolvido com o personagem.

Daniel é um homem solitário que vive na rua e tem como maior sonho conhecer sua filha. Coleciona alguns pertences achados e escreve o nome dela sempre; Alice cresceu com seu pai e suas irmãs, Tilly e Cee. Sua mãe faleceu quando ela tinha apenas quatro anos. Mesmo com uma família, Alice nunca sentiu que fazia parte dela.
"Este é o único momento e lugar que temos para fazer as mudanças que precisamos fazer em nossa vida." (pág. 40)
"É confuso: amar e odiar alguém ao mesmo tempo." (pág. 53)
A história começa quando Alice abandona o emprego e sai para "conhecer o mundo" - isso deve-se ao fato do término do relacionamento com o Kal. Vai para Mongólia, um lugar completamente afastado e sem sinal de celular.

Quando consegue um sinal, semanas depois, ela recebe a notícia que seu pai encontra-se muito doente  ela retorna para casa. E é a partir desse ponto que a história começa a desenrolar-se.
"Você não pode sentir saudade de alguém que nunca conheceu. Mas sinto saudade de você." (pág. 79)
"A esta altura eu já deveria saber que, por mais que eu sonhe com uma coisa, ela nunca se concretiza como imaginei." (pág. 109)
Após o falecimento de seu pai, Alice sente-se perdida, sem saber de deve voltar para suas viagens ou ficar junto de suas irmãs. É quando ela conhece Daniel.

Ela havia visto Daniel na igreja no dia do velório, mas não o conhecia. Depois encontrou algumas "presentes" deixados por ele em sua porta. Até o dia em que ele aparece na sua casa - a casa do pai de Alice - e decide conversar e chamá-la para uma caminhada.
"Ela balançou a cabeça e sorriu, mas era triste demais para ser um sorriso." (pág. 132)
"Mas parece familiar, este naufrágio lento." (pág. 216)
Depois de conhecer Daniel, Alice ficou ainda mais confusa sobre suas prioridades, sem saber o que deveria fazer da vida; Daniel continuou determinado, mas sem coragem de falar muito sobre ele, sobre seu passado.

O final me deixou um pouco frustrada. Com o decorrer dos acontecimentos, eu esperava um final diferente para ambos. Na verdade, fiquei em caso de amor/ódio com ele. Foi realmente inesperado. 
"Só que você pode decidir que a coisa que você achava que queria não é mais certa. Só que você pode mudar de ideia sobre as coisas." (pág. 245)
Apesar de tudo, a história é linda e comovente. É uma história de amor - amor sincero e verdadeiro -, mas amor entre pai e filha; um amor entre família.

Avaliação: ♥ ♥

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